Agenda Cultural São Paulo: guia com os melhores eventos em SP no mês de maio 2025

Maior exposição sobre Andy Warhol já realizada no Brasil. A mostra apresenta uma retrospectiva inédita com trabalhos de todas as fases da carreira do rei da Pop Art.

A exposição exibe mais de 600 trabalhos trazidos diretamente do The Andy Warhol Museum, em Pittsburgh (o maior museu dedicado a um único artista nos EUA).

O Maio Fotografia no MIS é um projeto anual de exposições fotográficas que abrange todas as galerias do Museu da Imagem e do Som.

As mostras em cartaz em 2025 são: “A São Paulo de German Lorca”; “Can you feel it?”, de Bruce Talamon; “O Trabalho”, de Jean Manzon; “Seja o que Deus quiser”, de Dani Tranchesi; “Solaris” – Nova Fotografia, de Lara Ovídio; e “Suportes da Memória”, do Acervo MIS.

Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará (até 5/5)

Vetores-Vertentes: Fotógrafas do Pará apresenta um panorama da fotografia contemporânea feita por mulheres amazônicas.

Projeto do Museu das Mulheres, com curadoria de Sissa Aneleh, a mostra nasce de um extenso trabalho de pesquisa que vem sendo realizado há mais de uma década e propõe reflexões sobre identidade, território e memória, a partir da perspectiva de temáticas de 11 fotógrafas.

A exposição reafirma a potência do olhar feminino na fotografia contemporânea artística e destaca a importância da representatividade e da autonomia das mulheres na construção de narrativas visuais que traduzem a riqueza cultural e social da Amazônia.

A mostra reúne cerca de 160 obras – incluindo fotografias, jornais artísticos, propostas fotográficas, áudios e vídeos – distribuídas em cinco andares do edifício do CCBB.

Anexa_CCBB: Movimentos Miméticos (até 22/6)

O projeto “Anexa_CCBB: Movimentos Miméticos” é uma ocupação multilinguagem que transforma o espaço anexo do CCBB São Paulo em um ecossistema sensorial inovador.

Inspirado no fenômeno biológico do mimetismo, a iniciativa explora as fronteiras entre arte, natureza e tecnologia, promovendo reflexões sobre coexistência, sustentabilidade e os impactos ambientais.

A programação inclui instalações artísticas, videoarte, música ao vivo, palestras e ações sustentáveis.

Heloisa Hariadne – a cor do ar (até 15/6)

Exposição inédita, “Heloisa Hariadne – a cor do ar” marca a primeira grande mostra individual da artista, destacando sua presença no cenário contemporâneo.

A exposição apresenta 24 obras, sendo 19 inéditas, incluindo 11 telas e 8 peças em cerâmica, que marcam uma nova fase na trajetória da artista.

Criadas para serem exibidas em grupos, as peças exploram cor e forma por meio da técnica de esmaltação na pintura.

Ocupando a galeria do 24º andar, a mostra tem a curadoria de Aldones Nino, pesquisador e curador brasileiro radicado na Espanha.

Memória do 6 (permanente)

A exposição reúne obras ligadas ao acervo artístico da instituição no Brasil, envolvendo os mais de 75 bancos que fazem parte de sua trajetória.

A curadoria é assinada por Ceres Storchi, Franz Manata e Nico Rocha. O andar foi projetado em diferentes núcleos expositivos.

Apresenta pinturas, fotografias, mapas, desenhos, gravuras, móveis bancários produzidos pelo Liceu de Artes e Ofícios, moedas e instalações artísticas.

Ocupação Ana Mae Barbosa (até 13/7/2025)

Com curadoria de Clarissa Diniz e da equipe do Itaú Cultural, a trajetória de Ana Mae Barbosa é apresentada em toda sua potência e multiplicidade.

A mostra reúne documentos, fotografias, depoimentos e muitos outros materiais, promovendo uma viagem pela história da arte-educação no Brasil através da vida e da obra de uma de suas mais importantes protagonistas.

Luiz Braga — Arquipélago imaginário (até 31/8)

A exposição faz uma leitura ensaística do arquivo do fotógrafo paraense Luiz Braga (Belém, PA, 1956), percorrendo 50 anos de carreira através de 258 fotografias – 190 delas inéditas.

Sem caráter retrospectivo, com núcleos permeáveis entre si, ela evidencia a intimidade, o ordinário e o gesto de “espiar” como metodologias poéticas de Braga que, a partir do Marajó, sistematiza uma prática assídua no seu trabalho, focada na escuta e na oralidade, interessada nas histórias das pessoas e dos saberes populares, que passam a ser protagonistas.

Zanele Muholi — Beleza valente (até 22/6)

Exposição retrospectiva de Zanele Muholi, um dos nomes mais aclamados da fotografia contemporânea.

Desde o início dos anos 2000, Muholi, que se define como ativista visual, documenta a vida da comunidade negra LGBTQIAPN+ na África do Sul e no mundo.

A exposição reunirá suas principais séries fotográficas, especialmente Faces and Phases (extenso mapeamento de pessoas lésbicas, bissexuais, não binárias e transmasculinas feito desde 2006, hoje com centenas de fotos). Somnyama Ngomyama (autorretratos que tratam de temas como racismo, trabalho, eurocentrismo e sexualidade), Brave Beauties e trabalhos inéditos produzidos no Brasil.

A Pinacoteca de São Paulo é um museu composto por três prédios, que ficam na mesma região, o centro da cidade. São eles: Pina Luz, Pina Estação e Pina Contemporânea.

Atualmente há 10 exposições em cartaz na Pinacoteca. Citarei três delas, uma em cada edifício, logo abaixo. Para saber a programação completa acesse o site da Pinacoteca.

Caipiras: das derrubadas à saudade – Pina Luz (até 25/5/2025)

Exposição coletiva criada a partir do trabalho emblemático de Almeida Júnior (Itu, 8 de maio de 1850 — Piracicaba, 13 de novembro de 1899), Caipira picando fumo (1893).

A proposta é repensar o imaginário em torno da identidade deste tipo social construído para designar o paulista interiorano.

Renata Lucas: domingo no parque – Pina Estação (até 18/5/2025)

Em “Domingo no parque”, a radicalidade do trabalho da artista Renata Lucas se evidencia no confronto não apenas com a escala das três salas expositivas do museu, mas também a fachada e a praça em frente ao prédio da Pina Estação, localizada no Largo General Osório.

Na fachada do edifício, um grande letreiro estampa a frase “Amanhã não tem feira”, trecho da música de Gilberto Gil, que só pode ser lida inteiramente a partir da praça.

A segunda ação da mostra consiste em traçar e cortar um círculo de 6,4 metros de raio no Largo General Osório, como se fosse possível torcer parte da praça em sentido anti-horário, entrelaçando calçada e jardim. A obra é ainda uma reinterpretação da roda-gigante que Gil menciona na canção.

Ad Minoliti: Escola Feminista de Pintura (até 27/7/2025)

Partindo de um repertório ligado à abstração geométrica e aos ativismos de gênero e sexualidade, Ad Minoliti propõe um novo modelo de educação artística, transformando a sala expositiva em um espaço de aprendizado teórico-prático.

A oitava edição da Escola Feminista de Pintura foi pensada como um site-specific para a Galeria Praça, espaço que já foi uma sala de aula.