Levante de Soweto

O Levante de Soweto foi um dos mais sangrentos episódios de rebelião negra desde o início da década de 1960, desencadeado pela repressão policial à passeata, em 16 de junho de 1976, de protesto contra a inferioridade das “escolas negras” na África do Sul.

Em 1975, o governo do Apartheid da África do Sul, decretou que o africâner (língua dos colonizadores brancos) deveria ser a língua oficial de ensino nas escolas para os negros, escolas essas que já tinham qualidade bem inferior às escolas para brancos e que sofriam com superlotação.

Tal medida reuniu mais de 20 mil estudantes em um protesto pacífico pelas ruas de Soweto (subúrbio negro em Joanesburgo) em direção ao Orlando Stadium, onde fariam um comício.

Enquanto o protesto caminhava em direção a polícia reagiu fortemente. O número de pessoas mortas oficialmente é de 95, mas há estatísticas que foram 700.

Um dos mortos foi o estudante Hector Pieterson, aos 13 anos de idade, que se tornou símbolo do massacre e da luta anti-Apartheid na África do Sul. Em memória desta data, a então OUA instituiu em 1991 o Dia da Criança Africana.

E sabe o que é mais triste? Ele não estava participando da manifestação, estava apenas atravessando a rua.

O protesto não acabou com o Apartheid, mas conseguiu enfraquecê-lo. O Memorial Hector Petersen faz uma homenagem a esse jovem que perdeu sua vida nas mãos do Apartheid assim como tantos outros.

Outro fato curioso é que o lugar onde Hector foi morto fica a apenas uma quadra do Memorial que foi construído para honrar os mortos dessa tragédia. Na calçada uma linda escultura de metal relembra o Levante de Soweto.