declaração

Em lógica uma declaração ou é (a) uma sentença declarativa significativa que é ou verdadeira ou falsa, ou (b) que é afirmada ou criada pelo uso de uma sentença declarativa. No último caso, uma declaração é distinta de uma sentença em que uma sentença é apenas uma formulação de uma declaração, ao passo que podem haver muitas outras formulações expressando a mesma declaração. O filósofo da linguagem, Peter Strawson defendeu o uso do termo “declaração” no sentido (b) em detrimento de proposição. Strawson usou o termo “declaração” para ser tal que duas sentenças declarativas fazem a mesma declaração se dizem o mesmo da mesma coisa. Deste modo o termo “declaração” pode se referir a uma sentença ou algo feito (expresso) por uma sentença. Em ambos os casos são pretendidas portadoras da verdade. Exemplos de sentenças que são (ou fazem) declarações: “Sócrates é um homem.” “Um triângulo tem três lados.” “Paris é a capital da Espanha.” As primeiras duas (fazem declarações que) são verdadeiras, a terceira é (ou faz uma declaração que é) falsa. Exemplos de sentenças que não são (ou não fazem) declarações: “Quem são vocês?” “Corra!” “A verdura perambula” “Tive um grunch exceto a beringela ali em cima.” “O Rei da França é sensato.” “Pégaso existe.” Os dois primeiros exemplos não são sentenças declarativas e portanto não são (ou não fazem) declarações. O terceiro e quarto são sentenças declarativas mas, sem significado, não são nem verdadeiras nem falsas e portanto não são (ou não fazem) declarações. O quinto e o sexto exemplos são sentenças declarativas significativas. Russell sustentou que a quinta que era falsa mas Strawson sustentou que ela não era verdadeira nem falsa já que ela não fazia uma declaração.