Avenida de Mayo

350px|thumb|Avenida de Maio A Avenida de Maio, situada no bairro portenho de Monserrat, foi o primeiro bulevar que teve a Cidade de Buenos Aires, na Argentina e a coluna vertebral do centro histórico e cívico de dita urbe. Nasceu opulenta e majestosa e se transformou com o tempo em símbolo das relações argentino–espanholas, e em cenário de todas as manifestações sociais portenhas. Foi à primeira Avenida da República e de toda América do Sul. Começa na Rua Bolívar e seu traçado de leste para oeste corre entre as laterais Hipólito Yrigoyen e Avenida Rivadavia. De esta maneira conecta a histórica Praça de Maio com a Plaza do Congresso em uma extensão de unas dez quadras. Foi inaugurada em 1894 com o pretexto de que servisse de pulmão da população que se concentrava dentro do sector central da urbe e fora a vitrine de apresentação da cidade ao mundo Seu planejamento foi muito debatido e resistido, pois requereu a expropriação e demolição de construções pertencentes à alta sociedade, além de considerar-se sumamente custoso. Sua realização se inspirou nos bulevares de Paris, mas a caudalosa vertente imigratória espanhola tipificou seu caráter hispânico ao povoar-se de teatros de zarzuelas, cafés de tom madrileno, ateneus, associações literárias e rocks formados por eles, influindo em sua arquitetura, razão pela qual se a sugere comparar com a Gran Vía madrilena. Converteu-se no grandioso cenário da vida pública de princípios do século XX e as frentes de seus sofisticados edifícios de estilo art nouveau, neoclássico e eclético constituíram o magnífico marco de recepção dos ilustres visitantes estrangeiros. É talvez o melhor exemplo urbano da prosperidade da Argentina de princípios do século XX: debaixo dela circula o primeiro subterrâneo (metro) que está no Hemisfério Sul. Por tratar-se da via que une ao Congresso da Nação Argentina com a Casa Rosada, sede do poder executivo, é a rota obrigada dos eleitos presidentes da Nação os dias das assunções, e o lugar predileto para os desfiles de protesta o para a realização das celebrações durante as fechas pátrias. Nela se receberam como heróis aos tripulantes do lendário Voo do Plus Ultra, o ao popular Jorge Newbery e foi o lugar onde o povo presenciou com tristeza o desfile lento dos cortejos fúnebres de mortos ilustres. Ainda com o transcurso do tempo perdeu jerarquia devido a modificações de toda classe que não respeitaram a estética edilícia, nos últimos anos um programa de revitalização encarado entre os governos de Espanha e Argentina tem revertido em grande parte disto. O decreto do Poder Executivo Nacional nº 437 do ano 1997 declarou a Avenida de Maio como Lugar Histórico Nacional, o qual implica que não se podem alterar as fachadas dos edifícios nem por determinadas publicidades e marquises. Todo aquele que modifique as estruturas deve ser previamente aprovado pela Comissão Nacional de Monumentos e Lugares Históricos.