Ilha de Páscoa: um guia completo

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Alguns destinos do planeta são cercados de misticismo e povoam o imaginário de muitos viajantes. A Ilha de Páscoa, sem dúvida, é um deles.

Com pouco mais de 160 km2, e perdida no meio do Oceano Pacífico, é o ponto habitado mais remoto do planeta.

Vulcões, pequenas praias, peixe fresquinho, danças polinésias e lógico, as emblemáticas estátuas de pedra – os Moais – tudo isso remete a Rapa Nui, nome da ilha no idioma local.

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Lua de mel na Ilha de Páscoa

Para nós, essa é uma viagem muito especial. Eu e o Emiliano sempre tivemos o sonho de conhecer a pitoresca ilha e o momento não poderia ser mais oportuno e memorável: nossa lua de mel.

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Como chegar

Para se chegar a Ilha de Páscoa, a maioria dos voos parte de Santiago, no Chile. Recentemente, a empresa aérea Lan ampliou as opções, e há vôos partindo também de Lima, no Peru.

São 5 horas de voo, já que a ilha dista quase 4.000 km do continente sul americano, e não há, até então, voos diários.

Nós partimos de Santiago às 19h e chegamos às 23h, contando que há um fuso horário de 2h a menos que o Chile. No próprio aeroporto, ganhamos colares de flores naturais, uma tradição Polinésia, e havia uma van nos esperando para nos levar ao hotel. Se soubéssemos que era tão próximo teríamos ido a pé, rs!

Onde ficar na Ilha de Páscoa

Aqui vale um adendo sobre a hospedagem na Ilha de Páscoa. Há opções para todos os bolsos, desde camping até resorts 5 estrelas. Nós optamos uma opção de intermediária para melhor, por ser justamente nossa viagem de lua de mel.

A escolha das Cabañas Marae foi muito acertada. São apenas 3 chalés, completos, com quarto, cozinha, copa e banheiro. A dona, Verónica, é super simpática nos recebeu muitíssimo bem. Nosso quarto todo estava decorado com lindas flores típicas das ilhas polinésias – a Pluméria.

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Aliás, por falar em falar em tradições polinésias, o povo Rapa Nui é muito orgulhoso das suas origens, e isto esta presente desde as roupas coloridas e flores decorando os cabelos das mulheres, até o idioma local que é falado pelos nativos.

Então, nada melhor do que chegar à ilha e cumprimentar seus habitantes com um solene Iorana, ao invés do hispânico Hola.

Quantos dias?

Dedicamos 6 dias completos para conhecer e aproveitar a ilha. Em 4 dias, se você quiser fazer algo mais expedito, é possível ver as principais atrações, mas queríamos fazer tudo com calma, e foi excelente!

O centro comercial fica localizado na pequena vila a oeste da ilha, Hanga Roa Nela você encontra lojinhas de souvenirs, hotéis e restaurantes. Lá estão também as locadoras de veículos.

A propósito, há algumas opções para se explorar a ilha: você pode alugar um carro, uma scooter, quadriciclo ou bicicleta.

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Nós optamos pela bicicleta porque a ilha é praticamente toda plana, há estradas que levam até as principais atrações e tudo é muito pertinho. Mas em um dos dias, trocamos pelo carro para podermos acessar a porção leste da ilha, mais distante da vila.

Uma super dica para economizar no aluguel de carro é usar um comparador online para comparar preços de diferentes locadoras em uma única plataforma.

Nós sempre usamos o site da Rentcars, empresa brasileira que garante o melhor preço, as melhores condições, com pagamento em real, parcelado no cartão de crédito e sem iof.

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O que fazer na Ilha de Páscoa

Bom, já que começamos a falar das atrações desta ilha encantadora, vamos fazer uma listinha de passeios imperdíveis:

» Vulcão Rano Kau

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É um dos três principais vulcões que compõe a ilha e é o mais próximo de Hanga Hoa. Para se chegar à cratera do vulcão, há uma estrada, podendo chegar de veículo motorizado ou bicicleta ou uma trilha, mais curta, para caminhada (puxadinha).

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Do alto de seus 300 m, a visão é incrível! São inúmeras lagoas, formadas pela água da chuva, dentro da cratera! Realmente indescritível!

» Sítio Arqueológico de Orongo

Ainda no topo do vulcão, não deixe de visitar o sítio arqueológico de Orongo, é incrível!

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Era um local cerimonial de onde se iniciava um importante ritual Rapa Nui. Da encosta íngreme voltada para o mar, muitos homens desciam o vulcão em direção ao mar, nadavam até pequenas ilhas que estão próximas (Motu Iti e Motu Nui) e tinham que apanhar o ovo de uma espécie de ave marítima e trazê-lo intacto novamente a Orongo. Desta forma, era escolhida a nova tribo que governaria a ilha.

No sítio arqueológico há inúmeras pedras entalhadas com o símbolo deste importante ritual: o homem pássaro.

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DICA: Não se esqueçam de comprar o ingresso antes de começar a subida, pois não há bilheteria na entrada


No caminho entre a vila de Hanga Hoa e o vulcão Rano Kau, é possível visitar uma pequena gruta, Ana Kai Tangata, onde há lindas pinturas rupestres de andorinhas. Vale a pena a parada!

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» Ahu Tahai

Também pertinho de Hanga Hoa, esse é o conjunto de 4 moais que é o local perfeito para assistir um pôr-do-sol indescritível!

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Muitos viajantes se espalham pelo gramado para admirar esse espetáculo, e também recomendamos.

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Próximo do Ahu Tahai há outros moais solitários, mas igualmente intrigantes.

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» Ahu Akivi

É o único Ahu (pedestal com moais) localizado no interior da ilha e no qual os 7 moais estão voltados para o mar. Fica aos pés do Monte Terevaka, outro importante vulcão da ilha.

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O acesso mais curto é por uma estrada de chão que contorna a orla norte da ilha. Essa estrada não estava em boas condições quando fomos, inclusive não era possível circular com carros. Como estávamos de bike, arriscamos! O chacoalhar não era muito confortável, mas fomos recompensados com o azul profundo do Pacífico se desmanchando em espuma.

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De quebra, no caminho visitamos ainda duas pequenas cavernas (Ana Te Pora e Ana te Pahu). O outro caminho, mais curto é pela estrada asfaltada que corta o interior da ilha. A saída é bem sinalizada.

» Ahu Tongariki

Localizado no lado sudoeste da ilha, este é dos mais bem preservados ahus, com incríveis 15 moais, sendo um dos pontos altos da viagem! Chegue de madrugada e aguarde o nascer do sol! É um espetáculo que as palavras não podem contar…

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De quebra ainda presenciamos a lua cheia se pondo atrás do Rano Raraku, que foi outro show da natureza!

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Para acessar o Ahu Tongariki, há uma estrada que contorna a orla sul da ilha. Como é necessário chegar de madrugada, nós trocamos as bikes pelo carro na noite anterior, pois estávamos receosos de pedalar no escuro.

» Rano Raraku

Localizado atrás do Ahu Tongariki, é um dos cartões postaisda Ilha de Páscoa, conhecido como fábrica de Moais.

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Esta montanha (que também é um cone vulcânico) era a pedreira na qual os moais eram literalmente esculpidos e depois transportados em cima de troncos de palmeiras, rolando, até os ahus.

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Para entrar, você precisa do ingresso (o mesmo usado para entrar em Orongo) e pode caminhar entre inúmeras estátuas que parecem esquecidas ao longo da encosta.

O cenário é surreal. Deixe se perder na diversidade de tipos de moais: altos, baixos, narigudos, de forma quadrada.

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O final da trilha leva até um moai diferente, de porte menor que todos os outros, sentado e entalhado com as pernas, com formas arredondadas, alguns pesquisadores acreditam ser a primeira geração de moais, enquanto outros o reconhecem como o último moai que seria a representação do povo e não da nobreza, como os demais.

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» Anakena e Ovahe

São as duas praias da ilha. Localizada do lado oposto a Hanga Hoa, Anakena é a única aberta ao lazer.

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Dedicamos um dia todo a esta linda praia… fomos pedalando e o passeio foi extremamente agradável, na estrada asfaltada e praticamente plana que corta o interior da ilha coroada com paisagens deslumbrantes!

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Lá pudemos desfrutar de um delicioso banho nas águas do oceano Pacífico, e claro, com um ahu com 5 moais de costas! Há algumas barraquinhas onde se pode degustar uma deliciosa empanada – a mais famosa é a de atum, fresquinho! Não deixe de provar!

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Pertinho de Anakena, encontra-se a lindíssima Ovahe, de areias pretas e encravada em uma falésia, onde não é permitido tomar banho ou permanecer na areia. Fica mesmo só para contemplação.

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A pequena estrada que leva até ela é um ótimo local também para admirar o vulcão Poike, com seus 3 cones menores.

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Não é permitida a circulação nele, pois pertence a uma área de recuperação ambiental.

» Te Pito Kura e Papa Vaka

Entre Anakena e Ahu Tongariki, o Te Pito Kura (umbigo do mundo) é um curioso sítio arqueológico que desperta a imaginação de muitas pessoas. São pedras circulares, sendo uma maior no centro, rodeada por 4 menores, que parece uma mesa cercada por cadeiras. Sua função? Não se sabe ao certo! Então deixe a criatividade agir!

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Em frente ao Te Pito Kura, do outro lado da estrada, encontra-se o Papa Vaka, uma lage de pedra no chão com inúmeros petroglifos (entalhes na rocha) que representam o cotidiano da ilha, pesca, animais, seus habitantes. Está sinalizado com uma plaquinha de madeira.

» Aka Hanga, Vaihu e Vinapu

São uma série de ahus na costa sul, ao longo da estrada que liga Hanga Hoa e o Ahu Tongariki, mas seus moais ainda não foram restaurados e estão caídos, muitas vezes quebrados.

Vale as rápidas paradas pois a vista do Pacífico é incrível!

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» Monte Terevaka

Este vulcão fica no interior da ilha, com o Ahu Akivi aos seus pés, e é ponto mais alto da Ilha (~500 m de altitude). Acabamos não subindo, mas a trilha que leva ao cume revela inúmeras pinturas rupestres. Há passeios de cavalos neste local.

» Museu Antropológico

Pequeno museu com registros únicos da cultura Rapa Nui. Estatuetas de madeira, petroglifos, remos decorados, anzóis e muitos elementos que ajudaram os pesquisadores a ligarem as origens dos habitantes da Ilha de Páscoa com a Polinésia. Painéis explicativos e interessantíssimos mostram a ocupação da ilha, sítios arqueológicos, escavações dos moais, restauração e preservação das imensas estátuas. Vale a pena a visita, com entrada gratuita.

O guia do museu é uma excelente recordação, além de conter muitas informações, mapas históricos, croquis e fotos interessantes. Recomendo!

Além dessas atrações, é possível mergulhar com cilindro e inclusive fazer o batismo. Apesar da diversidade de peixes e formas marinhas não ser tão grande quando comparado às águas caribenhas, há animais marinhos endêmicos da ilha e o mergulho é considerado um dos com maior visibilidade subaquática. Curiosidade: há um moiai submerso (propositalmente) à 18 metros e para pessoas experientes é possível chegar até ele!

Gastronomia na Ilha de Páscoa

Para encerrar nossa viagem virtual à ilha, um tópico legal: gastronomia! Logicamente, uma pequena ilha isolada no meio do oceano Pacífico, não é um expoente da gastronomia internacional. Mas para quem aprecia frutos do mar, pode ser um verdadeiro paraíso!

Os ceviches da ilha são de longe os mais gostosos e fresquinhos que já comi. Para quem gosta de uma mistura agridoce, recomendo provar o peixe branco da ilha (pescado na hora e que não é encontrado em outras partes do oceano) com abacaxi e manga! Eu amei!

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A vida noturna não é o forte da ilha. A pequena vila fica deserta bem cedo. Tudo é bem pacato por lá. Há alguns espetáculos de danças típicas, ao melhor estilo polinésio, para os turistas. Vale o programa. No mais, é curtir as estrelas e o sossego.

Tudo é muito mágico na pequena ilha… o tempo passa diferente… as pessoas vivem de forma diferente… e é muito fácil perceber e sentir isso… Com saudades nos despedimos deste pequeno paraíso místico perdido no Pacífico…

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E agora, pra onde?

Esperamos voltar, e quem sabe seguir viagem para Polinésia! Afinal, a Ilha de Páscoa já está na metade do caminho!

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Gabriella Talamo Fontaneta
Gabriella Talamo Fontaneta
Nasci no litoral paulista, sou geóloga. Gosto de paisagens pitorescas e também de vivenciar a cultura de povos diferentes.
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  1. Olá Gabi, estou pensando em fazer esta viagem com minha esposa e filha de 9 anos, se puder, gostaria de um e-mail seu para me passar mais dicas, suas recordações aqui neste poste me deixaram mais animado. Muito obrigado .

  2. Olá Gabi, finalmente irei a Ilha de Pascoa e vim mais uma vez dar uma olhadinha nas suas dicas, aliás dicas sempre inteligente. Bjsss

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